quarta-feira, 25 de março de 2015

Método curto e devoto para assistir com fruto à Santa Missa (Excelências da Santa Missa XII)


ERA OPINIÃO de São João Crisóstomo, opinião aprovada e confirmada por Gregório, no quarto de seus Diálogos, que, no momento em que o padre celebra a Missa, os Céus se abrem, e multidões de Anjos descem do Paraíso para assistir ao Santo Sacrifício. São Nilo abade, discípulo do mesmo São Crisóstomo, afirma que via, quando este santo doutor celebrava, uma grande multidão daqueles espíritos celestes assistindo os ministros sagrados em suas augustas funções.

Eis o meio mais adequado para assistir com fruto à Santa Missa: consiste em irdes à Igreja como se fôsseis ao Calvário, e de vos comportardes, diante do Altar, como o faríeis diante do Trono de DEUS, em companhia dos Santos Anjos. Vede, por conseguinte, que modéstia, que respeito, que recolhimento são necessários para receber o fruto e as graças que DEUS costuma conceder àqueles que honram, com sua piedosa atitude, Mistérios tão santos.

Entre os hebreus, enquanto se celebravam os Sacrifícios da antiga Lei, nos quais se ofereciam apenas
touros, cordeiros e outros animais, era coisa digna de admiração o grande recolhimento, modéstia e silêncio do povo todo que acompanhava. E, se bem que o número de assistentes fosse incalculável, além dos setecentos ministros que sacrificavam, parecia, no entanto, que o Templo estava vazio, pois não se ouvia o menor ruído, nem um sopro. Ora, se havia tanto respeito e veneração por esses sacrifícios que afinal, não eram mais que sombra e figura do nosso, que silêncio, que atenção, que devoção não merece a Santa Missa, na qual o próprio Cordeiro Imaculado, o Verbo de DEUS, se imola por nós?

Sto. Ambrósio
Bem o compreendia Santo Ambrósio. No testemunho de Cesário, quando ele celebrava a Santa Missa, após o Evangelho virava-se para o povo e o exortava a um piedoso recolhimento, impondo a todos guardar o mais rigoroso silêncio, não só proibindo a menor palavra, mas ainda abstendo-se de tossir ou fazer qualquer ruído. E era obedecido. Quem quer que assistisse à Santa Missa do santo Bispo, sentia-se tomado de profundo respeito e comovido até ao fundo da alma, tirando assim grande proveito e acréscimo de graças.
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Fonte:
MAURÍCIO, Leonardo de Porto. As Excelências da Santa Missa, conforme a ed. romana de 1737 dedicada a S.S. o Papa Clemente XII, pp. 34-41.

A Caridade e a Justiça de Deus: não devemos tratar lobos como ovelhas.






A DOUTRINA DE NOSSO Senhor Jesus Cristo está repleta de verdades aparentemente antagônicas que, entretanto, se examinadas com atenção, longe de se desmentirem umas às outras, completam-se reciprocamente, formando uma harmonia maravilhosa. É este o caso, por exemplo, da aparente contradição entre a Justiça e a Caridadedivinas.

Deus é ao mesmo tempo infinitamente Justo e infinitamente Misericordioso. É Amor (1Jo 4,8), mas também é Verdade (Jo 14,6). Se, para compreendermos uma destas Perfeições, fecharmos os olhos à outra,  cairemos em gravíssimo erro. Nosso Senhor, em Sua vida terrena, deu tão admiráveis provas de doçura quanto também de severidade, num equilíbrio perfeito. Não pretendamos “corrigir” a Personalidade do Cristo segundo a pequenez de nossas capacidades, ignorando todas as muitas passagens em que Ele nos faz severas advertências e age com a necessária energia, prestando atenção somente àquelas em que nos fala com suavidade e ternura. É isso o que muitos católicos, lamentavelmente em muitos casos incentivados por membros do próprio clero, têm feito ultimamente.

Nosso Senhor se mostrou perfeito tanto ao acolher Maria Madalena, com doce perdão, quanto ao repreender com linguagem enérgica os fariseus, e também quando castigou os vendilhões do Templo, expulsando-os abaixo de chibatadas. Não arranquemos do Santo Evangelho nenhuma destas páginas. Saibamos compreender e adorar as Perfeições de Nosso Senhor assim como elas se revelam, em todos os episódios. Não nos cabe escolher o que "vale" e o que "não vale" para a nossa vida de fé, como na metáfora do "católico self-service", que escolhe o que gosta da doutrina e rejeita o que não compreende, dizendo: "Com isto eu concordo, com aquilo não concordo...".

Para o nosso próprio bem, não importa se concordamos ou não com a Verdade, que é Deus. A Verdade apenas É. Não depende dos nossos gostos, nossas sensibilidades pessoais nem de nossos "achismos". Nossa concordância ou não é irrelevante para a natureza da Verdade. E compreendamos que só seremos espelhos de Nosso Senhor Jesus Cristo no dia em que soubermos não apenas perdoar, consolar e afagar, mas no dia em que também soubermos combater, denunciar e repreender, como Ele mesmo soube fazer, e fez muito bem,.

Hoje, por incrível que pareça, muitos católicos consideram os episódios dos Evangelhos em que aparece a ira santa do Messias (contra a maldade e falsidade dos hipócritas, por exemplo), como indignas de imitação! Muitos catequistas falam agora somente em doçura, e talvez até procurem sinceramente imitar esta virtude de Nosso Senhor; – que deve, sim, ser imitada, e que Deus abençoe quem o faz. – Mas por que não procuram imitar igualmente as outras santas virtudes, quando é necessário? E ousamos dizer que, em nossos dias, aquelas virtudes da severidade e do zelo rigoroso na defesa da verdadeira fé (Sl 69,10).

Invariavelmente, quando se propõe, em matéria de evangelização, um ato de energia qualquer, a resposta é a de que é preciso proceder com muita brandura, a fim de não afastar ainda mais os desviados. Pode-se sustentar que quaisquer atos de energia têm sempre o efeito de afastar as pessoas? Pode-se sustentar que Nosso Senhor, quando se dirigiu aos fariseus com duras advertências, o fez com a intenção de afastar ainda mais aqueles desviados? Ou deveria se supor que Nosso Senhor não sabia ou não se preocupava com o efeito “catastrófico” que suas palavras causariam aos "pobres" fariseus? Quem ousa admitir tal blasfêmia contra o Verbo de Deus, a Sabedoria encarnada?

Deus nos livre de pregar o uso de reprimendas e advertências como único remédio para as almas. Deus nos livre, também, de renunciar a este necessário remédio em nossos processos de apostolado. Há circunstâncias em que se deve ser suave, e outras circunstâncias em que se deve ser santamente agressivo. Ser suave quando as circunstâncias exigem energia, ou ser enérgico quando exigem suavidade: em ambas as situações há um mal.

Todo este desequilíbrio decorre de uma consideração também desequilibrada das santas parábolas. Muita gente faz da parábola da ovelha perdida a única do Evangelho. Ora, há nisto um erro gravíssimo que precisa ser denunciado. Nosso Senhor não nos fala somente em ovelhas perdidas, feridas pelos espinhos, às quais o Bom Pastor vai buscar pacientemente no fundo dos abismos. Cristo nos fala também em lobos devoradores que circundam constantemente o redil, à espreita de uma ocasião para nele se introduzirem disfarçados em peles de ovelha.

É mais do que admirável a figura do pastor que sabe carregar com ternura, aos ombros, a ovelha perdida. Mas o que dizer do pastor que abandona as ovelhas fiéis para ir buscar, longe, um lobo disfarçado em ovelha, que toma este lobo aos ombros, amorosamente, abrindo ele próprio as portas do redil, e com suas próprias mãos pastorais deposita entre as pobres indefesas, a fera devoradora?

Ao herege, depois de uma e duas advertências, evita-o, já que é perverso e condena-se por si mesmo.” – São Paulo Apóstolo (Tt 3,10)

Lideranças juvenis participam de I Ampliada Arquidiocesana da PJ

No último domingo (22), cerca de 60 lideranças juvenis participaram da I Ampliada da Pastoral da Juventude, que foi realizada no Auditório Monsenhor Mateus, no Centro Pastoral Paulo VI.

Com a presença dos representantes das foranias leste, sul I, sul II, norte, sudeste e rural I, o encontro discutiu o tema da Campanha da Fraternidade de 2015 – “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e o lema “Ei vim para servir”, como destaca a coordenadora da Pastoral da Juventude, Rejane Sousa.Iniciamos com a discussão do tema da Campanha da Fraternidade, além disso, tivemos um espaço de partilha da caminhada dos grupos e de deliberação das ações propostas pela Campanha da Fraternidade a serem realizadas dentro das atividades permanentes do nosso grupo, entre os quais estão a Semana da Cidadania, Semana do Estudante e Dia nacional da Juventude”, relata.

A programação incluiu ainda a partilha e memória do 11° Encontro Nacional da Pastoral da Juventude (ENPJ), que aconteceu em janeiro, em Manaus, bem como o lançamento do novo site da Pastoral, em nível arquidiocesano.

NOTICIAS SOBRE A IGREJA CATÓLICA.NA ARQUIDIOCESE DE TERESINA-PI, NO BRASIL E NO MUNDO.